Os médicos que atuam na rede pública estadual de saúde decidiram realizar uma paralisação de advertência na próxima sexta-feira, 6 de outubro, em protesto ao tratamento que têm recebido do Governo do Estado.

Além de exigirem o pagamento do piso nacional recomendado pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam), que está em R$ 13.847,93 para 20 horas trabalhadas por semana, a categoria também reivindica a realização de mais concursos públicos pelo Governo, melhores condições de trabalho e progressão automática da carreira.

Os profissionais da medicina também exigem demandas mais genéricas, como “respeito à classe” e “humanização” do sistema de regulação do SUS, que, segundo a categoria, tem “massacrado a população”.

A decisão de paralisar na próxima sexta-feira foi tomada durante assembleia geral realizada na noite da última terça, dia 3, no auditório do Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí (Simepi).

“Existe demora para os pacientes adquirirem senha para atendimento, prejudicando principalmente os doentes graves e oncológicos, o que mostra a ineficiência da gestão”, denunciou o Simepi, por meio de nota divulgada nesta quarta-feira.

Durante o ato de protesto, os médicos da rede estadual de saúde vão se concentrar em frente ao Ambulatório Azul do Hospital Getúlio Vargas, durante toda a manhã de sexta-feira.

De acordo com o sindicato, os casos de urgência e de emergência ficarão resguardados durante a paralisação.

A entidade afirma, ainda, que está buscando um entendimento com o Governo do Piauí, e que realizará uma nova assembleia geral na próxima terça-feira, dia 10, quando serão avaliados os rumos do movimento.

Outro lado

A assessoria de imprensa da Sesapi informou que o secretário Florentino Neto está viajando e não poderia atender a reportagem.

O portal O DIA, então, entrou em contato com o superintendente de Assistência à Saúde da Sesapi, Alderico Tavares. Ele informou que a pasta ainda não havia sido notificada oficialmente sobre a paralisação até a tarde desta quarta-feira, e que, por esta razão, não poderia se manifestar.

O Dia