A amputação do pênis, também conhecida cientificamente como penectomia ou falectomia, acontece quando o órgão sexual masculino é removido completamente, sendo conhecida como total, ou quando apenas uma porção é retirada, sendo conhecida como parcial. Embora este tipo de cirurgia seja mais frequente em casos de câncer de pênis, também pode ser necessária após acidentes, traumas e lesões graves, como sofrer uma pancada forte na região íntima ou ser vítima de mutilação, por exemplo. Já no caso de homens que pretendem fazer alteração de sexo, a remoção do pênis não é chamada de amputação, uma vez que é feita uma cirurgia plástica para recriar o órgão sexual feminino, sendo então chamada de neofaloplastia.

1. É possível ter relações sexuais?

A forma como a amputação do pênis afeta o contato íntimo varia de acordo com a quantidade de pênis removida. Assim, homens que sofreram uma amputação total poderão não ter orgão sexual suficiente para ter uma relação vaginal normal, no entanto, existem diferentes brinquedos sexuais que podem ser utilizados em substituição. Já no caso de uma amputação parcial, normalmente é possível voltar a ter relações em cerca de 2 meses, assim que a região está bem cicatrizada. Em muitos destes casos, o homem tem uma prótese, que foi inserida no pênis durante a cirurgia, ou o que resta do seu pênis ainda é suficiente para manter o prazer e a satisfação do casal.

2. Existe forma de reconstruir o pênis?

Nos casos de câncer, durante a cirurgia, o urologista normalmente tenta preservar o máximo de pênis possível para que seja possível reconstruir o que resta através de uma neofaloplastia, utilizando pele do braço ou da coxa e próteses, por exemplo. Saiba mais sobre como funcionam as próteses penianas. Já nos casos de amputação, na grande maioria dos casos, o pênis pode ser reconectado ao corpo, desde que feito em menos de 4 horas, para evitar a morte de todo o tecido peniano e garantir maiores taxas de sucesso. Além disso, o aspeto final e o sucesso da cirurgia também podem depender do tipo de corte, que é melhor quando é um corte liso e limpo.

3. A amputação provoca muita dor?

Além da dor muito intensa que pode surgir em casos de amputação sem anestesia, como acontece em casos de mutilação, e que até pode causar desmaio, após a recuperação muitos homens podem sentir uma dor fantasma no local onde estava o pênis. Este tipo de dor é muito comum em pessoas amputadas, pois a mente demora muito tempo para se adaptar à perda de um membro, acabando por criar desconforto durante o dia-a-dia como formigamento na região amputada ou dor, por exemplo.

4. A libido mantém-se igual?

O apetite sexual no homem é regulado através da produção do hormônio testosterona, que acontece maioritariamente nos testículos. Assim, homens que fazem amputação sem remover os testículos podem continuar a sentir a mesma libido de antes. Embora possa parecer um ponto positivo, no caso de homens que sofreram uma amputação total e que não podem fazer reconstrução do pênis, essa situação pode causar grande frustração, uma vez que têm maior dificuldade para dar resposta à sua vontade sexual. Assim, nestes casos, o urologista pode recomendar remover também os testículos.

5. É possível ter um orgasmo?

Na maior parte dos casos, homens que sofreram amputação do pênis podem ter um orgasmo, no entanto, pode ser mais difícil de atingir, uma vez que a grande maioria das terminações nervosas se encontram na cabeça do pênis, que, normalmente, é removida. No entanto, a estimulação da mente e o toque na pele em redor da região íntima também pode ser capaz de produzir um orgasmo.

6. Como se utiliza o banheiro?

Após retirar o pênis, o cirurgião tenta reconstruir a uretra, para que a urina continue saindo da mesma forma que anteriormente, sem causar alterações na vida do homem. Porém, nos casos em que é preciso remover todo o pênis, o orifício da uretra pode ser recolocado por baixo dos testículos e, nesses casos, é preciso comer a urinar sentado na privada, por exemplo.

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