Em crescente processo de aprimoramento das urnas eletrônicas e da votação no Brasil, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fechou uma parceria com a Universidade de São Paulo (USP), no projeto denominado “Eleições do Futuro”.

A cooperação técnica trará melhorias, transparência, segurança e inovação. A intenção é diminuir as despesas empenhadas nas eleições – que, em 2020, custaram R$ 1,28 bilhão aos cofres públicos.

De acordo com o presidente da Corte Eleitoral, ministro Luís Roberto Barroso, uma das estratégias de barateamento consiste na redução do tamanho dos equipamentos. “As urnas eletrônicas são confiáveis, funcionam muito bem, mas custam muito dinheiro. Como o dinheiro é público, temos que ser bem pães-duros”, disse.

O magistrado frisou que a ideia inicial é conseguir, pelo menos, diminuir o volume das urnas. “Queremos reduzir para o tamanho dessas maquininhas de cartão de crédito, o que já facilitaria o transporte pelas Forças Armadas, que têm um papel muito importante no transporte desse equipamento”, ressaltou

O convênio com a (USP) terá a duração inicial de 12 meses. Dentro dele também está prevista a implementação de melhorias na segurança dos softwares e equipamentos usados no processo eleitoral. Os trabalhos serão executados pela equipe do Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores (Larc) do Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais da Escola Politécnica da USP.

O convênio com a (USP) terá a duração inicial de 12 meses. Dentro dele também está prevista a implementação de melhorias na segurança dos softwares e equipamentos usados no processo eleitoral. Os trabalhos serão executados pela equipe do Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores (Larc) do Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais da Escola Politécnica da USP.

“Maquininha de cartão”

O Projeto Eleições do Futuro está em fase de pesquisa para identificação de soluções. Embora o ministro já tenha antecipado a redução do tamanho das urnas como uma das medidas, as propostas de definição do equipamento ainda são analisadas.

Serão reavaliadas as premissas não apenas do equipamento utilizado, mas de todo o processo de votação eletrônica, visando à redução de custo, ao aperfeiçoamento da experiência do eleitor e ao aprimoramento dos mecanismos de segurança e auditoria.

Há previsões de que os testes-pilotos com as “maquininhas” sejam realizados nas eleições de 2024.

Segurança das urnas

Durante toda esta semana, o TSE realizou o Teste Público de Segurança (TPS) das urnas. Quatro planos de ataque detectaram falhas no sistema. Os problemas encontrados serão analisados pela Comissão Avaliadora do TPS. Entre 22 e 26 de novembro, especialistas escolhidos da sociedade civil realizaram tentativas de invasão às urnas eletrônicas para aferir a segurança delas e aperfeiçoar o sistema eleitoral.

No período de testes, 26 investigadores se reuniram no TSE, com o objetivo de aplicar 29 planos de ataque aos equipamentos e sistemas desenvolvidos pelo TSE para serem usados nas eleições gerais de 2022.

 

Metrópoles