Policiais e delegados da Polícia Civil do Piauí (PC-PI) paralisaram suas atividades durante uma hora, nesta segunda-feira (22), em protesto ao Plano Nacional de Imunização contra a Covid-19. Os profissionais querem ser incluídos no grupo prioritário para a vacinação contra o novo coronavírus.
Procurada, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) informou que o Ministério da Saúde (MS) é o responsável pela configuração do grupo prioritário. O ministério também foi procurado, mas não se manifestou sobre o assunto até a publicação desta reportagem.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Piauí (Sindepol), delegado Higgo Martins, as categorias que atuam diariamente na segurança pública prestam serviço essencial e, por isso, devem ser prioritárias na fila da imunização.
“Esse protesto é justamente para que o governo federal tenha sensibilidade para reconhecer o trabalho das polícias civis, militares, bombeiros, policiais federais que estão atuando constantemente nas diretrizes de combate ao coronavírus”, afirmou o delegado.
Segundo o Sindepol, o trabalho dos policiais e delegados por si só é insalubre. “Os policiais atuam nas ruas cumprindo diligencias e trabalhando nas diretrizes dos comandos dos decretos estaduais para combater o coronavírus”, disse Higgo Martins.
O delegado afirmou que mesmo com as atividades da Delegacia Eletrônica, que funciona em site disponibilizado pela PC-PI para registros de boletins e registros de ocorrência de forma virtual, casos urgentes sempre foram atendidos presencialmente, em contato com população.
“A atividade de segurança pública é um serviço essencial. Infelizmente a gente não tem como evitar o contato com um indivíduo que está sendo preso, por exemplo”, disse.
Em Teresina, policiais e delegados pararam suas atividades e ficaram de braços cruzados em frente às unidades segurando faixas de protesto. Outras delegacias espalhadas pelo Piauí como em Pedro II, Parnaíba e Bom Jesus, também participaram do movimento.
“Caso nós não sejamos incluídos nesse grupo prioritário, outras manifestações com maior durabilidade podem ocorrer”, declarou o delegado Higgo Martins.
G1 PI