O governador Wellington Dias (PT) anunciou, na tarde desta quarta-feira (10), que estão suspensas as cirurgias eletivas nos hospitais públicos estaduais. A medida é para aumentar o número de leitos clínicos e de UTIs exclusivos para a covid-19. O Hospital da Polícia Militar (HPM) passará a ser sentinela e atenderá apenas pacientes com coronavírus. O governador concedeu entrevista coletiva na residência oficial e disse que o Brasil vive um colapso.

“Já estamos em colapso nacional. Estamos trabalhando para evitar uma tragédia maior. No Piauí é bem parecido com o Brasil. Chegamos numa situação que em 7 das 8 regiões de saúde nós alcançamos um limite de UTIs”, afirmou.

O governador disse que o Piauí está “queimando o último cartucho” e que a capacidade de leitos chegou “ao teto”.

“Na reunião que realizei hoje pela manhã com a nossa coordenação, nós estamos queimando o último cartucho em relação à elevação de leitos clínicos e principalmente leitos de UTI. Quando a gente olha o número de leitos com outras doenças e com covid, a nossa capacidade de aumentar chegou ao teto”, afirmou.

“Vamos trabalhar para evitar uma tragédia. Estamos perdendo a guerra para o coronavírus”.

A ocupação de leitos neste momento na rede de saúde varia entre 90% e 100%. O governador garantiu que, neste momento, o estado possui mais leitos que no ano passado, quando o Piauí enfrentou o pico da 1ª onda da covid-19.

“Temos mais UTIs do que foi possível abrir lá atrás. O nosso hospital da PM será exclusivo para covid-19. Vamos fazer um decreto para limitar ainda mais as cirurgias. Somente casos graves. O estado assume o compromisso de os leitos liberados serem para a covid-19 e os hospitais vão receber por ele. Isso para permitir ampliar leitos. Chegamos ao limite. Estamos também buscando um caminho e esse caminho não pode ser mais só o Piauí”, declarou.

Novas medidas restritivas

Wellington Dias não adiantou as novas medidas restritivas, no entanto, disse que o governo está editando um novo decreto em sintonia com outros estados. “O que for necessário nós vamos fazer. São eixos que acertamos no pacto com os estados. Medidas que possam prevenir e cortar a transmissibilidade do coronavírus e ter mais celeridade na vacinação. O terceiro ponto é apoio na rede de saúde”, finalizou.

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