O Tribunal Popular do Júri, da Comarca de Valença do Piauí, condenou na noite de quarta-feira (17) Antônio Airton Macedo Teixeira, de 67 anos, a 18 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato de José Djailson Leal da Silva, de 26 anos. O crime teria sido motivado por uma briga política entre os envolvidos, no dia 18 de agosto de 2012, no município de Pimenteiras, distante 257 km de Teresina.
O crime ocorreu por volta das 4h quando Antônio Airton realizou dois disparos de arma de fogo em José Djailson, na Avenida José Pereira Nogueira, na frente de várias pessoas após uma discussão. Os dois apoiavam grupos políticos diferentes.
Logo após o crime, o acusado fugiu e só foi preso em julho de 2021, na cidade de Fortaleza, no estado do Ceará. Desde então ele esperava pelo julgamento na Penitenciária José de Deus Barros, localizada em Picos.
Segundo o Ministério Público, os dois tinham uma desavença por serem de grupos políticos diferentes. Antônio Airton teria esperado a vítima chegar em uma lanchonete, teve uma discussão com ele, sacou a arma e fez dois disparos. O MP afirmou que a vítima não teve oportunidade de defesa.
Em seu depoimento, o acusado Antônio Airton alegou que agiu em legítima defesa. Ele confirmou que tinha uma desavença com a vítima devido a uma discussão que os dois tiveram sobre uma aposta política, já que era ano de eleição. O acusado ainda alegou que a vítima teria feito ameaças a ele antes do crime.
Ele disse que no dia do crime os dois tiveram uma discussão, que a vítima teria feito menção de puxar uma arma e que por isso acabou pegando a sua arma e realizou os disparos.
Na decisão, o Tribunal Popular do Júri entendeu que a vítima não teve o direito de se defender e que o crime ocorreu por motivo fútil. Antônio Airton foi condenado a 18 anos de reclusão em regime fechado, pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil .
G1 PI