Está internado no Hospital Regional Justino Luz, em Picos, um paciente com suspeita de portar a variante Delta do novo coronavirus. O paciente é um homem de 71 anos e está em um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) isolado. Ele já foi submetido a exame e o material enviado ao Laboratório Central de Saúde Pública do Piauí (LACEN) para análise através do método RT-PCR.
O RT-PCR é um método de análise que utiliza técnicas de biologia molecular para detectar se o vírus SARS-CoV-2 está presente no corpo. É o exame considerado “padrão-ouro” para diagnóstico por meio de um swab e possui alto grau de confiabilidade, acima de 90%.
A infecção pela variante ainda não foi confirmada, mas inspira cuidados já que o paciente esteve em São Paulo e chegou recentemente a cidade de Picos com sintomas da doença. Por precaução, a unidade de saúde realiza o tratamento de forma isolada até a emissão do resultado do teste pelo Laboratório Central do Piaui.
Variante Delta
Detectada pela primeira vez na Índia, em outubro de 2020, a mutação do vírus SARS-CoV-2 (causador da Covid-19), conhecida como Variante Delta (B.1 617.2, antes também chamada de variante indiana), já foi registrada em mais de 130 países, conforme divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 30 de julho deste ano.
Segundo a Fundação Oswaldo Cruz, ela é considerada uma variante de preocupação por ser mais transmissível do que as anteriores (Alfa, Beta e Gama), o que a faz mais contagiosa do que a cepa original.
Sua rápida disseminação em tempos de flexibilização das medidas de isolamento social em muitos países e no Brasil, chama a atenção dos cientistas em um momento em que os avanços para controlar a pandemia começavam a se observar a partir dos aumentos nas percentagens de cidadãos vacinados.