Começou nesta segunda-feira (16) a audiência de instrução para decidir se o ex-vereador Francisco das Chagas Ferreira, acusado de matar a ex-companheira, Renata Pereira Costa, em Nazaré do Piauí, vai ser julgado pelo Tribunal Popular do Juri. A audiência foi marcada para as 9h, no Fórum de Floriano.

O ex-vereador Francisco das Chagas Ferreira foi preso em 25 de março, e continua preso preventivamente.

O Tribunal Popular do Júri é um julgamento em que um corpo de jurados, composto por pessoas comuns, toma a decisão final sobre condenar ou absolver um réu. Cabe ao juiz apenas presidir os trabalhos e calcular a dosimetria da pena, em caso de condenação. O Tribunal do Júri decide sobre crimes dolosos contra a vida.

Desaparecida

Renata Pereira Costa morava em Nazaré do Piauí. Em 28 de dezembro de 2020, ela saiu de casa em uma van, rumo à cidade de Floriano. Por telefone ela contou à filha que estava sendo incomodada pelo ex-companheiro. Depois, Renata desapareceu.

Uma ossada foi encontrada 34 dias depois, em 24 de janeiro, na zona rural entre as cidades de Floriano e Itaueira, mas a Polícia Civil divulgou que se tratava de Renata em março.

O delegado explicou que, apesar da pressão em relação ao caso, decidiu não informar sobre a localização do corpo de imediato, pois queria coletar todas as provas necessárias para o pedido de prisão.

“A gente entendia a pressa das entidades, da família, mas a gente tinha a necessidade de dar as respostas e de poder entregar o corpo para a família”, relatou.

Durante esses dois meses, a família fez campanhas e protestos pela cidade para tentar encontrar a jovem e pressionar as autoridades à investigar o caso.

Histórico de agressões

O delegado Bruno Ursulino, na época na Delegacia de Floriano, explicou que quando o corpo foi encontrado, a Polícia Civil conseguiu coletar mais provas contra o acusado, principalmente com o depoimento de testemunhas.

“Depois da certeza [que o corpo era de Renata], conseguimos encaminhar para o desfecho da investigação. O suspeito já estava sendo investigado, tendo em vista que várias pessoas relataram o histórico de agressão dele. A única pessoa que negava esse histórico de agressão era ele mesmo”, disse o delegado Bruno Ursulino.

G1 PI