A Sociedade de Terapia Intensiva do Piauí se dirigiu ao Secretário de Saúde do Estado, Florentino Neto, exigindo responsabilidade, coragem e ação. O documento enviado hoje ao Secretário ressalta que a demanda por leitos de UTI para pacientes graves, tanto da rede pública como privada, chegou a níveis impossíveis de serem atendidos. “Faltam leitos, equipamentos, profissionais e insumos. Já temos relatos de hospitais com falta de analgésicos e sedativos e com o risco real de faltar outros insumos essenciais tais como Oxigênio”, diz o documento.
A Sociedade destaca ainda que a mortalidade dos pacientes graves com Covid 19 em leitos emergenciais é estarrecedora e chega a 80%. Em um dos trechos mais graves do documento, está o alerta de que esse índice não se dá apenas pela gravidade da doença, já que em centros médicos onde a equipe é especializada e os cuidados são adequados a mortalidade relatada desses pacientes está na casa dos 20 a 40%.
O simples acréscimo de leitos de UTI não será capaz de diminuir a mortalidade, segundo o texto, porque faltam profissionais capacitados para trabalharem nesses locais e não há como formar intensivistas de forma emergencial.
De acordo com a entidade representativa dos médicos intensivistas, o índice de transmissibilidade precisa ser controlado “de forma enérgica e imediata, evitando mortes desnecessárias”. E conclui, pedindo medidas restritivas mais rígidas. O documento é assinado pelo presidente Itapuan Damásio de Sousa e pelo vice-presidente Igor Denizarde Bacelar Marques.
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