O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), decidiu suspender as festas carnavalescas deste ano em todo o estado. Além disso, não será ponto facultativo nem a segunda-feira de Carnaval e nem a quarta-feira de cinzas. A Prefeitura de Teresina também adotou as mesmas medidas e, desse modo, o Corso, tradicional festa carnavalesca feita dias antes do Carnaval, não será realizado.
O gestor afirmou que os eventos poderiam gerar um aumento na transmissibilidade do vírus e, consequentemente, causar um colapso no sistema de saúde em algumas regiões do estado.
“Este ano, estamos adotando a medida da não realização de eventos carnavalescos porque temos uma situação em que há alta transmissibilidade, alto risco e ampliação do adoecimento. Isso poderia levar ao colapso a algumas regiões de saúde, portanto, é melhor evitar. Já começamos a vacina, temos condições de até o mês de junho avançar na imunização no Piauí e no Brasil. A gente já suportou até aqui, então estou suspendendo o ponto facultativo da segunda e na quarta-feira de carnaval e vamos garantir que as pessoas possam cumprir o protocolo. Todas as equipes de vigilância em saúde e segurança, Estado, Município e Federal, todos estaremos integrados para salvar vidas”, disse.
Ativação de leitos
Após uma reunião do governador com representantes do Comitê de Operações Emergenciais (COE), nesta terça-feira (19), foi decidida também a abertura de 40 novos leitos, que serão implantados em Teresina, devido ao aumento da média móvel de casos entre 30% a 40% por dia.
“O que temos são consequências da exposição da população no Réveillon. Hoje, já estamos há uma semana com aumento de média móvel de casos de 30% a 40% por dia e estamos vivendo uma situação com a taxa de ocupação de leitos de UTI de 66% em todo o estado. Se considerarmos apenas a capital, temos 73% de taxa de ocupação, ou seja, níveis de alerta. Então, nossa maior preocupação é reorganizar a Rede de Saúde para ampliar essa quantidade de leitos, mas temos uma séria dificuldade com relação a espaço físico e equipes de saúde, que estão exaustos, por isso precisamos do auxílio da população”, explicou o coordenador do COE, o médico José Noronha.
G1 PI