A primeira grande remessa da Coronavac deve chegar no Brasil em duas semanas, nos primeiros dias de novembro. São 6 milhões de doses prontas pra uso, mas que vão ficar na geladeira — literalmente. É que a vacina ainda não tem comprovação de eficácia no estudo brasileiro e nem registro da Anvisa pra ser usada em larga escala.

Os testes ainda estão em curso. O estudo divide os pacientes entre os que receberam a Coronavac e outros que receberam um placebo.

Para que a pesquisa seja concluída, o estudo depende que pessoas que tomaram o placebo (e, portanto, não foram imunizadas pela vacina em teste) desenvolvam a Covid-19.

Só quando 61 pessoas entre os 9 mil da primeira fase do estudo tiverem a doença que os resultados de eficácia serão informados.

A previsão de chegada ao país é do presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas. À reportagem da CNN, ele comemorou a decisão da Anvisa de liberar a importação da primeira remessa com 6 milhões de doses da coronavac. “É uma decisão correta, não havia motivo pra não apressar essa decisão”, disse ele.

Na opinião de Dimas Covas, essa autorização ainda sinaliza positivamente para um outro pedido do Butantan, o de importar os insumos para fabricar 40 milhões de doses no Brasil. Para eles, essa é a autorização mais importante.

A distribuição das doses depende da estratégia do Ministério da Saúde, por meio do Plano Nacional de Imunização. O Butantan e o governo de São Paulo ainda acreditam que, assim que a eficácia da coronavac for comprovada, o Ministério assuma o compromisso de distribuir o imunizante.

CNN