Quando o mundo inteiro já se prepara para deixar gradativamente o isolamento social, em maior ou menor escala, as atenções se voltam agora para os possíveis tratamentos para a covid-19, que ainda se encontram em fase de testes e pesquisas. Cientistas não descartam uma nova curva ascendente da doença, mas como a vida não pode continuar em suspense indefinidamente, a única alternativa possível é encontrar formas eficazes de tratar os pacientes infectados pelo novo coronavírus.

Segundo relatos da BBC, pelo menos 150 medicamentos diferentes estão sendo testados ao redor do mundo, muitos deles compostos a base de substâncias já conhecidas e utilizadas no tratamento de outras doenças, mas que têm apresentado perspectivas promissoras nos primeiros testes realizados até agora.

Nenhum deles demonstrou ainda resultados conclusivos, mas os infectologistas estão otimistas com relação ao grupo de antivirais pesquisados, com destaque para o Redemsivir, o remédio que foi utilizado para tratar pacientes vítimas do Ebola e, mais tarde, também aplicado com sucesso em outras síndromes respiratórias. Este medicamento atua para neutralizar a ação do vírus no corpo humano.  Os resultados apresentados com esta droga nos estudos feitos pela Universidade de Chicago, nos Estado Unidos, com pacientes da covid-19 foram animadores. Mas os cientistas, cautelosamente, reforçam que ainda não é a última palavra sobre o assunto.

Se, de fato, o retroviral analisado se mostrar comprovadamente eficaz será uma excelente notícia, porque ele já é fabricado há bastante tempo pela indústria farmacêutica e, portanto, encontra-se disponível para comercialização.

Outras pesquisas também estão acontecendo, estimuladas por uma iniciativa da Organização Mundial de Saúde, denominada Solidarity. Estas pesquisas trabalham com medicamentos que podem acalmar o sistema imunológico, uma vez que uma reação desmedida da defesa do organismo pode causar efeitos colaterais graves no corpo. A outra linha de pesquisa é voltada para o uso de anticorpos retirados do sangue de pacientes que já foram curados da covid-19. Mas, como explicou o médico intensivista Marcelo Martins, em entrevista ao Jornal do Piauí, na TV Cidade Verde, esse método é caro e demorado e não teria como ser usado em larga escala como exige a realidade atual.

O melhor a fazer, então, até que tenhamos a descoberta da vacina ou da cura para a covid-19 é manter o isolamento e os hábitos de higiene indispensáveis para o controle da doença.

Por Claúdia Brandão

Fonte: Cidade Verde