O número de queimadas registradas pelo Corpo de Bombeiros de Picos até este mês de setembro já se aproxima dos registros de todo o ano de 2018.
Segundo o comandante da corporação, o tenente Hamylton Lemos, os dados cresceram significativamente este ano e devem aumentar ainda mais neste período de estiagem. Somente durante o dia do último sábado (21), o Corpo de Bombeiros atendeu 16 chamados para combater incêndios no município de Picos.
“Aumentou significativamente. Nós temos dados de 2018 que a quantidade de incêndios o ano todo foi de 349, mas começando agora o período de estiagem, estamos indo para o segundo mês e nós já estamos com 312 ocorrências. Um fato atípico que teve em relação à quantidade, foi no sábado que passou, chegamos a atender 16 ocorrências no mesmo dia. A sociedade tem reconhecido o trabalho do Corpo de Bombeiros, mas é notório que a maioria desses incêndios são provocados por pessoas”, informou.
O tenente destacou a dificuldade que os bombeiros têm em atender um número grande de ocorrências, segundo ele, é necessário fazer uma triagem entre os chamados, como de incêndios próximos à residências e postos de combustíveis, por exemplo.
Hamylton Lemos pontuou que a instituição tem uma demanda muito grande, pois atente não só incidências em Picos, mas também em municípios da região.
O comandante lembrou ainda que não apenas o fogo traz riscos à população, mas também a fumaça que é inalada pelas pessoas. Lemos faz um apelo para que a sociedade se conscientize e não coloque fogo em vias públicas. É importante lembrar que em Picos há uma lei municipal que pune quem provoca queimadas irregulares. A multa pode chegar a R$:50.000,00.
Lei municipal: O Art. 41 da Lei 9.605/98 prever que provocar incêndio em mata ou floresta gera pena – reclusão, de dois a quatro anos, e multa. Se o crime é culposo, a pena é de detenção de seis meses a um ano, e multa.
CONFIRA A ENTREVISTA COM HAMYLTON LEMOS
