Após dois adiamentos, o Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI) deve julgar, nesta segunda-feria (4), mais uma denúncia de suposto registro de candidato fictício nas eleições municipais de 2016, com o objetivo de preencher a cota de participação feminina em uma coligação.

O caso envolve as eleições em Dom Expedito Lopes, 281 quilômetros ao Sul de Teresina (PI). A coligação “Unidos por Dom Expedito Lopes” alegou que a candidata a vereadora Anália Araújo Gomes, esposa do vice-prefeito eleito, Écio Flávio Gomes, não teria feito campanha, tendo obtido apenas três votos. A denúncia apontou ainda que os dois teriam feito campanha para outro candidato a vereador.

A denúncia foi julgada no final de agosto na 62ª Zona Eleitoral. O juiz José Airton M. de Sousa decidiu que o pedido era improcedente por não ser possível concluir que a candidatura de Anália Gomes seria fraudulenta. Os opositores recorreram da decisão no TRE-PI.

No Tribunal, o desembargador Edvaldo Moura se julgou impedido, o que provocou a ausência de quorum legal para que o caso fosse analisado. Mas já há parecer do procurador regional eleitoral, Patrício Noé da Fonseca, que entendeu haverem elementos comprovando que a candidata realizou campanha eleitoral, tornando a denúncia improcedente.

Esse não é o primeiro caso de candidaturas supostamente fictícias a ser analisado pelo TRE-PI. Em setembro, a Corte decidiu cassar duas coligações que disputaram as eleições proporcionais em Valença do Piauí, o que força a saída de seis dos 11 vereadores do município.

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