O Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Piauí (SINPOLPI) iniciou, à zero hora desta terça-feira (28), na Delegacia Regional de Picos, uma paralisação de 24 horas. As principais reivindicações da categoria são a valorização profissional e melhores condições de trabalho.

O presidente do Sinpolpi, Constantino de Sousa Barros Júnior, critica a situação dos policiais civis que atuam na Delegacia Regional de Picos e cita a deficiência na infraestrutura do prédio que abrigava anteriormente os três distritos policiais da cidade.

Segundo Constantino, uma determinação judicial obrigou que a estrutura da polícia judiciária fosse retirada do prédio situado na Avenida Severo Eulálio por conta da precariedade do imóvel. “É um prédio bastante comprometido no ponto de vista estrutural, instalações elétricas e sanitárias de insalubridade, isso determinou a retirada de toda a estrutura da Polícia Civil e que fosse construído um prédio próprio”, diz.

O presidente do sindicato ainda faz uma denúncia importante. Segundo ele, todos os dias um policial civil plantonista é deslocado para vigiar os itens que permanecem no local, atuando em condições insalubres. “Há um desvio de função e só quem perde é a população”, pondera.

Para resolver a situação, o caminho apontado pelo Sinpolpi seria a construção de um novo espaço próprio para abrigar toda a estrutura da Delegacia Regional de Picos no mesmo local onde funcionou o 4º Batalhão da Polícia Militar de Picos (4º BPM). Segundo Constantino Júnior, a reforma da Central de Flagrantes para atender a demanda atual custou aos cofres do Estado a quantia de R$ 800 mil, no entanto, o problema na infraestrutura da segurança pública do município continua.

“Aqui fizeram uma reforma e gastaram na reforma R$ 800 mil. Sinceramente, não sei como esse dinheiro foi investido aqui, pois já está apresentando problemas como rachaduras e infiltração […] Na prática, temos uma estrutura defasada que já não atende às necessidades de funcionamento e não tem segurança para os policiais”, conclui.